sexta-feira, 22 de maio de 2015

BLOG EDUCACIONAL: RECURSO PEDAGÓGICO PARA A APRENDIZAGEM - FICHAMETO




"A educação sozinha não transforma e dificilmente transformará 
a sociedade, no entanto, sem ela, tampouco 
a sociedade muda (FREIRE, 1970)."

Maria Lúcia Raasch Dias
Edilson Luiz do Nascimento 
Coletânea de Artigos sobre Informática na Educação: Construções em Curso 











A escola é o lugar mais tradicional para aprendizagem e construção do conhecimento e objeto de transformação da sociedade. Por ser um ambiente conservador, a chegada das novas tecnologias faz com que sejam criadas resistências, provocando uma mudança tanto na vida dos alunos como na dos professores.


      Desde a história antiga observam-se várias e significativas mudanças que alteraram o rumo da história, e entre elas a invenção e uso dos computadores pessoais, pois transformaram a informática em um meio de massa para a criação, comunicação e simulação, pois com ele o aluno está modificando o seu processo de aprendizagem.
      Diante de tantas mudanças, podem-se observar como essas novas tecnologias, especificamente o blog, apresenta eficácia no seu uso, uma vez que a comunicação e a educação encontram-se interligados no mundo digital.

      O crescente aumento da utilização de novas ferramentas tecnológicas, como o computador e a Internet na vida social, tem exigido aprendizagens de comportamentos e raciocínios específicos.           Os alunos devem ser incentivados de tal forma que eles aprendam a argumentar com independência. O conhecimento deve ser adquirido de várias formas e o uso da tecnologia, assim como o blog, devem ser inseridos no ensino, para que esse conhecimento seja adquirido de forma mais prazerosa. Os alunos estão desmotivados por adquirirem conhecimento só em sala de aula.
      Levando em consideração a utilização do blog como um recurso no processo de ensino-aprendizagem, haverá efetivamente a ampliação do espaço educacional de professores e alunos, de forma criativa e prazerosa, estimulando o desenvolvimento da aprendizagem do aluno.

      Não há como ignorar as mudanças que acontecem e acontecerão no processo de ensino-aprendizado causado pelo uso da Internet e dos computadores na vida dos professores e alunos, sempre acrescentando novas formas de escrever (chats, MSN, blogs etc.) e de ler. É importante salientar que a Internet é necessária para a socialização dos alunos na sociedade atual.
Sendo assim, a escola precisa procurar acreditar no potencial da Internet como fonte de pesquisa e como ambiente que propicia novos modos para a construção de cultura e comunidade, direcionando para necessidade de uma revisão dos conceitos tradicionais de texto e autoria e sugerindo a necessidade de novas maneiras de se ler mais livremente os conteúdos desejados.
      Nesse sentido, cabe aos professores utilizar adequadamente essas tecnologias, explorando seu potencial pedagógico, instigando, motivando, desafiando e orientando esse processo de incorporação tecnológica, levando-os a descobrir novos ambientes de ensino e aprendizagem, aumentando a interatividade e a cooperação, gerando assim novas redes de conhecimento.
O professor agora precisa ser um pesquisador virtual.

      Uma das potenciais ferramentas de construção do conhecimento e apoio a aprendizagem significativa é o blog. De acordo com Rodrigues (2008, p. 106), o blog é: “[...] um recurso informal presente na Internet que serve como um espaço para se expressar criatividade e opinião de uma ou mais pessoas” e “(...) o blog pode ser utilizado pelo professor como estratégia de fornecer caminhos para o aprendizado e ampliar a pesquisa em sala de aula”. No site MundoTecno, página que reúne vários conteúdos que englobam tecnologia, Internet e diversão, divulga pesquisa e apresenta dados que colocam o Brasil em 5º lugar entre as nações com maior número de leitores de blogs e 3º entre as que têm mais blogueiros. Considerando 170 milhões
de blogueiros no mundo, 5,9 milhões são brasileiros. Além disso, os dados indicam que o blog é uma das principais formas de expressão atualmente.
      Os blogs, em seu aspecto estrutural da publicação, se apresentam na forma de uma página web atualizada frequentemente, composta por pequenos parágrafos apresentado de forma cronológica, como uma página de notícias ou um jornal que segue uma linha de tempo com um fato após o outro. Esses blocos de textos são chamados de posts. Os posts são acompanhados de data e horário da postagem. Já a discussão e troca de ideias se dão através dos comentários, que podem ser lidos e escritos por qualquer pessoa. Apresentam informações técnicas do autor como: perfil, imagens, enquetes, textos, sites relacionados ao blog ou de interesse do autor.
      O uso do blog tem amplo potencial como recurso pedagógico, pois pode ser utilizado como um laboratório de escrita virtual, onde todos os membros podem agir e interagir, trocar experiências sobre assuntos de mesmo interesse, gerando ambientes colaborativos, além de
uma excelente forma de comunicação entre membros de uma família e amigos (MANTOVANI, 2005).
      Os blogs devem ser utilizados levando em consideração a interação, a cooperação e a colaboração, tendo suporte nas teorias construtivistas e interacionistas, voltadas para a interação social no processo de aprendizagem e desenvolvimento, lembrando que as trocas de experiências interpessoais são importantes elementos para o desenvolvimento dos indivíduos.
      Frente às pesquisas escolares, o blog tem o poder de despertar para a pesquisa, a leitura e a investigação. Com o intuito de ampliar o conhecimento tem-se a consequência natural de uma estrutura de ensino que se dispõe a oferecer aos alunos um pouco mais sobre o que aprendem em sala de aula.
      O uso do blog pode tornar as aulas mais motivantes e produtivas. Em projetos como o da psicóloga Janet Ward Schofield e a educadora Ann Locke Davidson nos quais a Internet foi introduzida no uso dos blogs em sala de aula, observou–se o aumento da motivação e participação prazerosa nas atividades, aumento na qualidade dos trabalhos desenvolvidos, melhoramento de habilidade de leitura, além da socialização não somente com os alunos da comunidade, mas com o mundo.
      O passo inicial para que o blog seja usado como ferramenta pedagógica, já foi dada por esses professores que por acreditarem no uso do blog como ferramenta pedagógica, lançou a atividade e sempre incentivaram os alunos, mostrando a eles os melhores caminhos a serem seguidos e outras formas de usarem a Internet. O uso do blog em sala de aula pode trazer mais dinamismo para a realização e apresentação de trabalhos, facilitar o dia a dia de professores e estudantes que têm, no ambiente virtual, uma espécie de arquivo de documentos, além de aproximar os alunos, que podem discutir ideias e opiniões sem que estejam no mesmo espaço físico e ao mesmo tempo.
      De maneira geral, as tecnologias educacionais possuem grandes recursos potencializadores do ensino-aprendizagem dos alunos, mas, por si só, não garantem novas práticas pedagógicas, para isso é necessário que os professores estejam preparados para levar os alunos a agirem de forma crítica e criativa, proporcionando a interação de alunos em situações de aprendizagem e de produção significativa e cooperativa de conhecimentos. Para isso, no futuro, é necessário que todos os professores façam uma capacitação de como usar o blog como recurso pedagógico, com várias propostas de atividades e também como construir o blog para poder ajudar os alunos na hora da construção dos seus blogs.



segunda-feira, 18 de maio de 2015

Refletindo ...



"Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo." 

Paulo Freire

segunda-feira, 11 de maio de 2015

O Uso de Novas Tecnologias em Turmas de EJA

A não utilização de computadores e a não apropriação de novas tecnologias provoca dificuldades em alunos de educação de jovens e adultos que passam a ver esse instrumento como algo inacessível.
Melina Melo Rodrigues
Resumo
Este artigo tem por objetivo apresentar a pesquisa feita em turmas de educação de jovens e adultos sobre a frequência da utilização de novas tecnologias em sala de aula e as dificuldades encontradas por esses estudantes que, geralmente, não dispõe de tais aparelhos em casa ou que ainda não se apropriaram dos mesmos. Fica clara a importância do professor cuja principal função, nesse caso, é desarraigar a ideia de que o computador é algo de difícil acesso e de promover a autonomia digital dos alunos. Para que isso ocorra, o profissional deve estar ciente das especificidades desse público e entender que as estratégias devem ser diferentes das utilizadas no ensino regular.
Palavras-chave: Educação de jovens e adultos, novas tecnologias, estratégias diferencias, professor.
Escopo Teórico
Nas últimas décadas, inúmeros avanços se deram, principalmente, na área da tecnologia, como a modernização e difusão dos computadores e a criação de novos aparelhos audiovisuais. Essas novas tecnologias têm adentrado as escolas como instrumentos pedagógicos. Os professores fazem uso de computadores, de internet, de datashow e de games como forma de facilitar o aprendizado e de estimular o aluno a estudar, uma vez que esses recursos já fazem parte do cotidiano dos estudantes, principalmente dos momentos de lazer. Segundo Viviane Curto (2009, p. 2) “a utilização do computador em sala de aula configura-se como um recurso valioso para o tratamento da diversidade constitutiva da realidade em que vivemos e para o trabalho com vários letramentos de forma crítica e ativa.” Assim, estudar torna-se mais fácil e prazeroso. Entretanto, essa reação difere da de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) que, pelo menos a princípio, veem a utilização desses recursos como algo amedrontador.
Infelizmente, no Brasil, é grande a desigualdade social, o que obriga a muitos jovens abandonarem seus estudos para se inserirem no mercado de trabalho, pois, assim, poderão contribuir na despesa familiar. Porém, a exigência de trabalhadores com estudo e com cursos que aprimorem suas atividades faz-se presente nas empresas. Então, o cidadão que deseja ascender profissionalmente utiliza o horário noturno para voltar à escola. Ao chegar nesse ambiente, ele percebe que a didática dos professores e os recursos por eles utilizados mudaram. Deparando-se com novas tecnologias, ele se assusta e sente grande dificuldade de adaptação. Essa é a realidade da maioria dos alunos de EJA. O que se supõe é que esse temor é oriundo de uma não utilização desses recursos, apesar de estarem presentes em todos os contextos em que esses sujeitos estão inseridos, como o trabalho e o ambiente familiar.
O professor, que não esteja preparado para trabalhar com esse segmento, costuma manter as mesmas estratégias utilizadas no ensino regular, olvidando que seu novo público é diferenciado, tanto pelos anos que estiveram afastados da escola, quanto pelas experiências angariadas nesse período extraclasse. Assim como afirma Álvaro Pinto (2000, p.29), “o compromisso da escola é, sobretudo, o de assegurar a seus estudantes os instrumentos necessários para a participação ativa e cidadã no contexto em que estão inseridos”. Dessa forma, cabe ao professor de jovens e adultos ajudá-los a vencer o receio perante as tecnologias e incentivá-los a se apropriarem desses recursos que estão presentes em todos os contextos. Vanilda Galvão Bovo considera
o educador de Jovens e Adultos a mola propulsora para que esse aluno construa o conhecimento de modo a ser capaz de fazer leitura do mundo com autonomia. (…) Criar novos métodos, novas estratégias para prestar ajuda eficaz a seus alunos no processo de aprendizagem é também uma responsabilidade do professor. (BOVO, 2002, p. 109)
Agindo assim, as aulas, nas quais serão utilizadas o computador, serão um sucesso e alcançarão os objetivos.
Metodologia
Visando observar a dificuldade que alunos de EJA apresentam diante do computar e analisar as estratégias pedagógicas utilizadas pelos professores nesse sentido, foi feita uma pesquisa numa escola de Belo Horizonte que atende a esse tipo de público. A instituição recebe alunos para cursar o segundo segmento do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano). Ali os alunos completam seus estudos em três anos.
A pesquisa foi realizada em duas turmas iniciantes, ou seja, de alunos que estão, nesse momento, retomando os estudos após muito tempo afastados da escola. A turma A é composta por 10 alunos com idade entre 20 e 40 anos. A turma B possui 20 alunos com idades entre 30 e 60 anos.
A escola não possui um horário específico para aulas de informática, mas todos os professores, ao menos uma vez por mês, levam os alunos ao laboratório de informática. As observações foram feitas em dois períodos: no primeiro e no sexto mês de aula.
Como método de pesquisa, além da observação das aulas (principalmente de português) foi feita entrevista com os alunos sobre a freqüência da utilização dessas tecnologias (principalmente o computador) em suas vidas.
Dos 30 alunos pesquisados, 15 alegaram ter a máquina em casa, mas apenas 7 afirmaram fazer uso desta. Alguns citaram o contato com a mesma no trabalho.
Foi observado, no primeiro mês que os alunos que relataram não ter a máquina em casa ficaram constrangidos diante dela na sala de aula; não souberam ligá-la e preferiram, em alguns casos, sentar em dupla com um colega que apresentassem mais facilidade.
A primeira aula no laboratório tinha por objetivo pesquisar no Google a vida de certo escritor. A professora pediu aos alunos que coletassem dados importantes sobre ele nos sites, mas diante da dificuldade que muitos apresentaram, ela decidiu, mas próximas aulas, não dar continuidade a esse trabalho, mas sim apresentar as ferramentas mais utilizadas par aos alunos.
No segundo momento de observação, a constatação foi diferente do primeiro. Os alunos já apresentaram mais intimidade com a nova tecnologia. A coordenação motora de alguns, ao manusear o mouse, havia melhorados. Dos 15 alunos que disseram, anteriormente, possuir computador em casa, todos, agora, fazem uso deste, seja para olhar email, seja para fazer pesquisas.
A professora relata que a apresentação da máquina e de suas ferramentas aos alunos possibilitou a diminuição do medo por parte dos alunos e as atividades começaram a alcançar seus objetivos. “É claro que alguns ainda têm receio e preferem sentar em dupla, mas percebi um grande progresso na maioria”, afirma a educadora. Dos outros 15 que não tinham computador em casa, 2 já o compraram e os demais disseram que estão organizando as finanças para comprá-lo, pelo menos, até o final do ano.
Análise
De acordo com os dados coletados na escola, é possível observar que, realmente, a dificuldade de alunos de EJA em se apropriarem das novas tecnologias, é oriunda do desconhecimento e da falta desses instrumentos e de seu uso em casa. Quando, no ambiente escolar, tomaram conhecimento da forma como utilizar o computador, que esse, por exemplo, não estragaria facilmente só porque determinada tecla foi apertada “sem querer”, os estudantes passaram a usar mais facilmente essa ferramenta.
Os professores, nessa situação, tiveram papel importantíssimo, pois foram os responsáveis pela quebra do mito embutido nesses alunos de que computador é um “bicho de sete cabeças”. O uso constante atentou os estudantes à importância desse recurso, não só no ambiente escolar, mas também em suas vidas.
Considerações Finais
A pesquisa feita corrobora as afirmações acerca da necessidade em se utilizar novas tecnologias em sala de aula.
Ela também atenta os profissionais da educação à importância de se reelaborar as estratégias e adequá-las ao público da EJA.
Ficou claro que só através do uso e do incentivo dos professores quanto a utilização dos computadores os alunos da educação de jovens e adultos se apropriarão desses recursos e seu domínio acarretará, de certa forma, uma ascensão social.
Referências Bibliográficas
CURTO, Viviane. Trabalhando com o computador na EJA: uma análise dos relatos das práticas pedagógicas em meio digital com jovens e adultos. Disponível em: <www.ufpe.br/nehte/…/anais/p…/trabalhando-com-o-computador-na-eja.pdf>. Data de acesso: 17/10/2010
BOVO, Vanilda Galvão. O uso de computador em educação de jovens e adultos. Disponível em: <www.bomjesus.br/publicacoes/pdf/revista…/o_uso_do_computador_na.pdf>. Data de acesso: 31/10/2010
PINTO, Álvaro Vieira. Sete lições sobre educação de adultos. 11 ed. São Paulo: Cortez, 2000.

terça-feira, 17 de março de 2015

Questionário Tecnologias da Educação - Capitulo 2 (Sala de Aula Digital)

1 – Como é a aplicação de tecnologias em escolas onde faltam água, banheiros, vagas carteiras, giz e apagador? 

Nessas escolas as tecnologias são bem diferentes das que utilizamos hoje. Como vimos nas aulas, escolas de são Paulo oferecem/utilizam tablets nas aulas (com crianças de 1 ano), nas escolas que não tem recursos básicos como carteiras, um livro didático antigo é uma tecnologia e tanto.
No brasil, infelizmente, ainda existem escolas que não tem recursos tecnológicos “novos” para oferecer aos alunos, algumas nem professor tem, mas espero que no futuro, não muito distante, isso mude radicalmente.

2 – O que relata Gates em relação a informação trazida pelos avanços tecnológicos e a situação das escolas? 

Ele diz que esses avanços não vão resolver graves problemas que as escolas enfrentam, como violência, drogas, evasão. Que antes de se preocupar com as tecnologias novas, temos de nos preocupar em resolver esses problemas fundamentais.

3 –Explique sobre “A informática não leva ao desemprego”, “O número de pessoas empregadas foi reduzido”


No texto fala que apesar de muitas pessoas perderem o emprego devido a substituição por máquinas, para certas tarefas “perigosas”, outras funções estão sendo criadas em decorrência da introdução das máquinas, relacionadas a sua manutenção e operacionalização, treinamento de pessoal para operar as máquinas, entre outras.

4 – Escreve um pequeno paragrafo contemplando:
- Informática como meio e não como fim;
- O real papel das escolas.


A informática surgiu para nos ajudar a melhoras nossas funções, como professores, empresários, alunos. Mas muitas vezes utilizamos de forma errônea, não aproveitamos o máximo que essa tecnologia nos permite. Para utilizar de forma correta devemos ter em mente que ela sozinha não funciona, devemos nos aprofundar nas suas funções. Em relação a escola, o seu real papel é ensinar os “porquês” e os mecanismos do mundo, todos devem ter em mente que as tecnologias não vão resolver os problemas fundamentais das escolas (drogas, violência, evasão), se nós não nos propormos a lutar por isso. 

5 – Por que ensinar o uso das ferramentas a nossas crianças limita seus campos de conhecimento e portanto, seu futuro?

Ensinar uma ferramenta só por ensinar, sem ter objetivos e uma postura concreta e critica referente a ela não contribui em nada para a formação de nossos alunos, devemos saber como e onde utilizar as ferramentas.

6 –O que significa a palavra tecnologia? Exemplifique.

Tecnologia é tudo aquilo que veio contribuir para simplificar o dia-a-dia do ser humano. O Fogo para cozinhar e se aquecer, a roda para se locomover, a lápis, o computador.